Fazenda Rio Grande celebra 35 anos de história e desenvolvimento

No dia 26 de janeiro, Fazenda Rio Grande comemora o aniversário de sua emancipação, celebrando sua evolução de uma área rural para um município em expansão.

FAZENDA RIO GRANDE

Adalton Cassins

1/26/20253 min read

Localizada ao sul de Curitiba, a cidade de Fazenda Rio Grande tem uma história marcada pela transformação de uma área rural em um polo urbano dinâmico. Sua trajetória remonta a 1879, quando Francisco Claudino Ferreira, junto à Paróquia de São José dos Pinhais, requereu uma área de terras, fundando a Fazenda Rio Grande. O nome original da localidade era Capocu, e a região estava situada sobre um antigo aldeamento indígena, fato que já prenunciava a diversidade cultural que viria a ser uma característica da região.

No início, a principal atividade econômica de Fazenda Rio Grande era a criação de cavalos de raça, com destaque para o fornecimento ao Exército Brasileiro. No entanto, o desenvolvimento industrial e populacional de Curitiba, aliado à crescente demanda por terras na região, começou a moldar a trajetória do município. Em 1913, o empresário João Bettega intermediou a venda de uma grande área de terras da Fazenda Rio Grande, iniciando um processo que culminaria na ocupação urbana da região.

A crescente urbanização de Curitiba exerceu forte influência sobre Fazenda Rio Grande, que, a partir de 1959, começou a ser loteada para atender à demanda por moradia. O fracionamento do solo se intensificou ao longo das décadas seguintes, e a cidade viu a venda de mais de 11 mil lotes em 39 loteamentos, abrangendo uma área total superior a 6,7 milhões de metros quadrados.

A crescente urbanização de Curitiba exerceu forte influência sobre Fazenda Rio Grande, que, a partir de 1959, começou a ser loteada para atender à demanda por moradia. O fracionamento do solo se intensificou ao longo das décadas seguintes, e a cidade viu a venda de mais de 11 mil lotes em 39 loteamentos, abrangendo uma área total superior a 6,7 milhões de metros quadrados.

A proximidade com a capital, Curitiba, impulsionou a população da região a se estabelecer em Fazenda Rio Grande, buscando acesso a empregos e serviços urbanos. Em contrapartida, a prefeitura de Mandirituba, à qual Fazenda Rio Grande ainda pertencia, passou a ser pressionada a oferecer serviços básicos, como transporte coletivo, saúde, educação e creches.

No campo religioso, a cidade também experimentou um desenvolvimento importante. Em 27 de fevereiro de 1978, o arcebispo curitibano, D. Pedro Fedalto, criou a Paróquia de São Gabriel da Virgem Dolorosa, abrangendo não apenas Fazenda Rio Grande, mas também a região do Ganchinho, em Mandirituba. A instalação oficial da paróquia ocorreu em 5 de março do mesmo ano, com o padre Gabriel Figura como o primeiro pároco.

A década de 1980 foi marcante para o crescimento da cidade, com a construção de infraestrutura essencial. Em 1986, começaram as obras de pavimentação das avenidas marginais à BR-116 e a construção do Terminal Rodoviário, que viria a se tornar um centro comercial. Essas melhorias ajudaram a consolidar a urbanização de Fazenda Rio Grande, que já não era mais apenas um distrito rural.

Em 26 de janeiro de 1990, a cidade alcançou um marco importante em sua história, sendo emancipada de Mandirituba pela lei estadual n° 9.213. A partir de 1° de janeiro de 1993, Fazenda Rio Grande passou a ser um município independente, com sua própria administração e capacidade de definir seu futuro.

Hoje, Fazenda Rio Grande é uma cidade em constante crescimento, fruto de sua transformação de um antigo aldeamento indígena para uma comunidade urbana conectada a Curitiba. Sua história reflete o processo de urbanização da Região Metropolitana de Curitiba, com destaque para a ocupação do solo, o avanço imobiliário e a evolução da infraestrutura para atender a uma população crescente.